Nas sociedades anteriores à escrita, o saber prático, mítico e real é encarnado pela comunidade viva.
A morte de um velho é uma biblioteca em chamas.
Com o advento da escrita, o saber é carregado pelo livro.
O livro, único, indefinidamente interpretável, transcendente, que contém supostamente tudo: a Bíblia, o Alcorão, os textos sacros, os clássicos, Confúcio, Aristóteles…
No caso, o intérprete é quem domina o conhecimento.
Desde a prensa até esta manhã, um terceiro tipo de conhecimento vê-se assombrado pela figura do cientista, do científico.
No caso, o saber não é mais carregado pelo livro, mas sim pela biblioteca.
(adaptado do texto de Perre Lévy - Educação e Ciber Cultura)